Gérard Moss

Gérard, time-off na Namíbia

Gérard, time-off na Namíbia

Acostumado a voar de avião de linha, sozinho, desde os 4 anos de idade, voando da casa da mãe na Suíça até a do pai na Inglaterra, Gérard não parou mais de viajar. Aos 13 anos, fez sua primeira longa viagem terrestre, partindo de Lausanne para Paris com mais quatro amigos numa pequena ‘frota’ de mobilettes.

Desde moleque, ele sempre gostava de velocidade. Nos anos 80, chegou a participar de vários ralis e até correr de Formula Ford no circuito europeu. Mas também nunca teve aversão à lentidão, tanto que morou, por alguns tempos, a bordo de um veleiro em San Diego, Califórnia, atravessado o Pacifico até o Havaí.

Apesar de formado em engenharia mecânica, sempre trabalhou no ramo de afretamento marítimo, profissão que o trouxe para o Brasil em 1983 quando abriu uma empresa no ramo, no Rio de Janeiro, especializada em exportação de soja. Para facilitar a logística, ainda complicada nos dias de hoje, ele passou a usar um pequeno monomotor Corisco (PT-NIQ) para chegar aos portos de Paranaguá, Santos, São Francisco do Sul e Rio Grande.

Desde que tirou o brevê de piloto na Califórnia em 1983, a paixão de voar só aumentou. Ao decolar em 1989 para dar sua primeira volta ao mundo, essa junto com Margi, ele tinha 500 horas de vôo e, ao terminar a segunda circunavegação em 2001, já tinha acumulado 3.000 horas de vôo. Além de ser o primeiro piloto brasileiro a dar a volta ao mundo num avião leve, feito realizado duas vezes (1992 e 2001), Gérard continua sendo o único piloto a utilizar aviões fabricados no Brasil (Sertanejo e Ximango). A segunda circunavegação, no Ximango, é reconhecida pela FAI como voo histórico: a primeira volta ao mundo em um motoplanador.

Tendo morado em vários paises, Gérard se encantou de vez pelo Rio de Janeiro e se naturalizou brasileiro. Em 2006, para ficar mais perto da Amazônia e bem no centro do país, o casal fez fez o impensável: mudou-se do Rio de Janeiro para Brasília.

Com o decorrer dos anos, o foco do casal deu uma guinada devido à precariedade dos recursos hídricos que perceberam do alto, tanto no Brasil como no mundo afora. Começaram a lutar para a preservação dos recursos naturais – tanto as águas doces dos rios e lagos do Brasil quanto as florestas que fornecem a umidade da qual dependemos para tudo.

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